terça-feira, 28 de setembro de 2010

Debate MPLA Unita 2, TV Zimbo.flv

Debate MPLA Unita 2, TV Zimbo.flv

Debate MPLA Unita 2, TV Zimbo.flv

TV ZIMBO GRIPE A -gripe nu é tosse?

MAIS UM CAOS DEMOLIDOR NA CIDADE DO LUBANGO

É mês do Herói Nacional, o mês de Setembro.

É dia do Herói Nacional, o dia 17.

Em vez de ser um dia de alegria é, pelo contrário, um dia de angústia. O feriado prolongado foi “bem aproveitado” pelo governo local para desalojar os moradores adjacentes do rio mukufi, concretamente no largo da Rádio 2000. Um dia em que por um lado comemorava-se a festa do Herói Nacional e por outro os camiões da Administração Municipal do Lubango, transportava os desalojados à área da Tchimúcua.

É mais uma acção virada a legitimidade da pobreza, da miséria, da penúria…

É o dia dedicado a despedida da casa, porque o governo apertou a forca. Uma forca contra os pobres e não contra a pobreza. Lágrimas, angustia, desespero, frustrações, temor,… Estes são os sintomas que cruzam os caminhos dos ex-moradores das margens do rio MUKUF, no Lubango.

Os filhos de Deus, de momento, estão sem direcção.

As lágrimas secaram. Os corpos definham. O imaginário foi dissolvido pelo Satanás.

O momento exige jejum e oração de todos quantos se identificam como filhos de Deus porque o “anjo mau” está solto. Está tão solto, que apostou-se na pobreza, nas endemias, nos acidentes cardiovasculares no alojar as pessoas ao relento. Enfim!...

Enquanto Agostinho Neto dizia: “O mais importante é resolver os problemas do povo”. Hoje os menos entendidos dizem “o mais importante é demolir as casas do povo”:

Outros desumanos acrescentam ainda: “o mais importante é criar problemas ao povo, até ao seu colapso”. Que paradoxo!.. Quê desilusão!... Quê desumanismo!... Quê selvajaria!.... Quê insensibilidade!...

Chega!…. Pensemos na dignidade do povo angolano. Um povo que merece tranquilidade depois de longos anos de guerra…

Não nos esqueçamos. Deus é o Justo Juiz e, no momento certo, fará a sua justiça contra todos os anjos maus que, pelos seus pecados, nem o inferno merecem.
Ámen.



Domingos Francisco Fingo
Director Executivo da ACC

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tribunal absolve Hermínio dos Santos por falta de provas


De acordo com sentença proferida pela juíza Maria Laura Karlsen, o facto de Hermínio dos Santos ter prometido fazer uma manifestação pacífica, para reivindicar seus direitos, não pode ser visto como uma acção criminosa. Por isso consta dos mesmos autos que ele não podia ser acusado de crime de desobediência, muito menos de instigar a violência através de uma manifestação. O advogado do presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Salvador Nkamate promete processar os agentes que detiveram o seu cliente. Enquanto isso, o líder dos desmobilizados de guerra reitera que não vai desistir da manifestação
Maputo (Canalmoz) – O Tribunal Judicial da Machava, no município da Matola, absolveu, ontem, por falta de provas, o presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Hermínio dos Santos, que era acusado de desacato às autoridades, no caso vertente à Polícia da República de Moçambique. 
Hermínio dos Santos era acusado, alegadamente, por ter rejeitado mais de uma notificação para alegadamente prestar depoimentos sobre uma manifestação que ele e outros desmobilizados estão a preparar. 
Durante a sessão do julgamento ficou exarado nos autos que Hermínio dos Santos, em nenhum momento, teria sido notificado, tal como alegaram os agentes incumbidos de o intimar. Na intimação do arguido Hermínio dos Santos, conforme foi dito durante a leitura da sentença, várias vezes houve irregularidades. Um delas tem a ver com o facto de a Polícia ter cercado a sua residência, no bairro do Infulene, e o ter detido à noite, a 09 de Agosto. O juiz argumentou que a invasão ao domicílio só pode ser feita de dia. 
A juíza da primeira secção do Tribunal Judicial da Machava, Maria Laura Karlsen, disse ter-se apurado que os agentes da Polícia de Investigação Criminal (PIC), encarregues de intimar Hermínio dos Santos, não agiram dentro dos trâmites legais. Eles (os agentes), prosseguiu a juíza, limitaram-se a telefonar para o acusado convidando-o a apresentar-se na sua sede na cidade do Maputo. Num outro telefonema, convidaram-no a se dirigir a uma das esquadras para levantar a notificação. 
De acordo com sentença proferida pela juíza Maria Laura Karlsen, o facto de Hermínio dos Santos ter prometido fazer uma manifestação pacífica, para reivindicar seus direitos, não pode ser visto como uma acção criminosa. Por isso consta dos mesmos autos que ele não podia ser acusado de crime de desobediência, muito menos de instigar a violência através de uma manifestação. 
A leitura da sentença durou quase uma hora. Os desmobilizados de guerra estiveram lá em peso para acompanhar in loco o desfecho do processo. 
Após a sessão, Hermínio dos Santos falou à imprensa e disse que a sua absolvição significa uma vitória dos desmobilizados sobre aqueles que querem intimidá-l

os na reivindicação os seus direitos. 
Entretanto, mesmo sem precisar a data, o líder dos desmobilizados prometeu que a manifestação está programada e vai decorrer dentro do mês que inicia amanhã, isto é em Setembro. 
“Mais do que nunca, agora estamos mais fortes para a manifestação de Rovuma ao Maputo. Os desmobilizados estão preparados para tudo. Mesmo com as ameaças da Polícia não iremos recuar”, disse e acrescentou que os desmobilizados estão arrependidos por terem sido envolvidos na guerra por quem agora não reconhece os seus esforços e direitos. 

Defesa de Hermínio vai processar os acusadores 

O advogado de Hermínio dos Santos, Salvador Nkamate, assegurou que vai processar os agentes que acusaram o seu cliente e exigir a devida indemnização para repor a dignidade e salvaguardar o bom-nome do arguido ora absolvido. 
O advogado reiterou que a detenção do seu constituinte, principalmente à noite, foi ilegal, uma vez que não se tratava de um criminoso, mas, sim, de um cidadão que reivindicava seus direitos dentro dos mandamentos da lei.
(António Frades)